quarta-feira, agosto 24, 2011
Sabe o que é ter de viver sempre na linha tênue entre o “bem feito” e o “tadinho”?
Quer dizer... Todos sabem, só que alguns não prestam atenção nisso
Sorte eles teem de não ligarem pra isso, mesmo sendo uns merdas
Ou de estarem com tanta pena de si mesmo que não enxergam outra possibilidade
Se agarrar a essa linha é o que move muitos de nós.
Aquela subida pra cima do nível da água para respirar um pouco
Por que mesmo com a vontade de continuar embaixo, a vida lhe empurra pra cima
E quando a vida não lhe empurra pra cima
A morte lhe empurra pra baixo
Pra vida sempre há volta, já da morte não há jeito...
Se você nunca prestou atenção a essa linha
Mil desculpas!
Mas é assim mesmo, começe e ver de qual lado está
Ainda dá tempo de se equilibrar nessa linha.
Qual lado eu estou?
Isso depende... De qual lado você está me vendo?
segunda-feira, agosto 01, 2011
Eu ainda estou aqui, nada mudou, continuo romântico, acredito no bem e que os bons existem e são maioria.
Mesmo ligando a tv e só recebendo notícias ruins, um assalto, um estupro, uma briga comum de trânsito que termina em morte.
Não tenho respostas para o porque disso, as pessoas não entendem mais a diferença entre um sorriso de escárnio e um sorriso que substitui um bom dia.
Desista da dor, coloquem no papel suas raivas, escrevam o que aflige, é sério funciona!
Houve uma época em que falar de amor era algo lindo hoje é considerado brega, e por incrível que pareça em sua grande maioria as mulheres acham isso.
Onde estão os príncipes? As mocinhas na janela?
Eu sei, pareçe um pouco machista isso, mas vivemos num tempo onde isso é preciso. Ou então inverta-se que seja!
Eu posso ficar na janela esperando a princesa!!
Mas nunca paremos de semaer rituais bregas que façam reviver o amor!!!
Abram portas de carros para elas/eles, tragam flores, digam que está Linda/lindo, elogiem os bons atos, não ivejem o bem estar dos outros...
Façam essa corrente do bem continuar.
É simples, é fácil, é só esquecerem dos rótulos, se assumam bregas e antiquados... O mundo implora por isso.quinta-feira, junho 23, 2011
Porquê eu iria mentir?
Eu sou da esquerda que acredita no Socialismo, que acredita que podemos viver num mundo mais justo e igualitário, sou de uma esquerda mais realista, mais pé no chão mesmo, sei o quanto é difícil isso acontecer, mas vou aqui e acolá plantando ideias, nanorevoluções, uma indignação em uma notícia de jornal, mudando termos de invasão para ocupação, maconheiro para usuário, viado para homossexual ou de banqueiro para bancário, nunca confundam esses termos, isso é o que nos diferencia dos cabeça dura extrema esquedistas. Nossa esquerda é “me perdoem Marx, Lênin, Mao, Che, Florestan” mais light. E antes de que alguém me acuse de pelego, participo de movimentos sociais ativamente, MST, MOTU, ExNEL, apoio a causa Gay, a Palestina, Cuba, participo da Marcha da Maconha e de algumas ocupações na UFS. Enquanto alguns cabeça duras extrema esquerdistas nunca saíram da teoria e bramam aos quatro ventos a revolução.
Não acho que a polícia seja o problema (mesmo depois dos chutes, sprays de pimenta e balas de borrachas levados) “concordo que ela serve para legitimar o poder do estado perante a sociedade”, acho que o problema está na não valorização do trabalho e a falta de bom treinamento e na educação em geral. Por falar em educação concordo que com o dinheiro do PROUNI construíriam muitas universidades federais, que como sempre estariam cheias de filhinhos de papai, e que o pobre não conseguiria se manter nela, isso é só observarmos os curso de medicina, psicologia e direito nas universidades, e que com o PROUNI muitos pobres “fudidos” como eu poderam ter essa realização ser universitário e graduado, ressaltando assim a esperança de toda uma família e a minha também.
Muitas pessoas criticarão esse escrito, e eles tem o direito de fazer isso, como falei temos o direito de indignar-se, não concordar com algo, achar feio pelego. Mas discordar em totalidade na minha humilde opnião é hipocrisia, bati em termos que incomodam tanto a mim o “light” quanto os “extrema esquerda”.
Ah! e para todos os que ainda acham que eu estou aqui bravejando ao vento, meus candidatos nunca ganham as eleições também, pois eles são os mesmos que vocês também votam, pensem nisso.
segunda-feira, junho 06, 2011
MIlton me manda esse texto e me faz chorar de alegria!!
sexta-feira, maio 20, 2011
Todo mundo um dia se apaixona
E quando ela vem não dá pra segurar.
Até os frios sentem um frio na espinha quando veem o ser idolatrado
Os que dizem isso não existir sentem-se hipócritas
Os que sempre estão apaixonados por alguém ou algo, acham isso normal, mas sentem-se uns anormais.
Os fracos sentem-se heróis com capa e tudo.
E os poetas. Ah! Os poetas...
Eles e suas eternas musas inspiradoras.
Inalcansáveis, intocáveis...
Portanto, de todos os apaixonados
Todos que dedicam poesias
Copiam elas na palma da mão
Em guardanapos em mesas de bar
Ou mais moderninhos enviam por e-mail
E os mais nostálgicos juntam amigos embaixo de sacadas e fazem serenatas desafinadas.
Ah! Todos vocês!
São felizes e não sabem.
E esquecem sempre os poetas!
Esses seres tristes... Tristes são os poetas!
Arrependo-me de ter amado... Mas nunca vou deixar de amar.
Arrependo-me de ter confiado... Mas nunca vou deixar de confiar.
Arrependo-me de ter rido... Mas nunca vou deixar de rir.
Arrependo-me de ter escrito... Mas nunca vou deixar de escrever.
Arrependo-me de ter tentado... mas nunca vou deixar de tentar.
Arrependo-me pelas horas dedicadas... Mas nunca vou deixar de dedicá-las.
Arrependo-me ter alguns dos seus problemas solucionado... Mas nunca vou deixar de fazer isso.
Arrependo-me do açucar, do sal, do leite que não tomo por ser alérgico... Do que eu não pude beber, comer, cheirar, injetar, fumar. Das funções não Biológicas. Das bandas que não ouvi, dos livros que não lí.
Arrependo-me de não ter abraçado as pessoas que deveria.
Arrependo-me de não ter beijado quem eu queria beijar (e do arrependimento de não ter coragem de fazer isso).
Arrependo-me das brigas que não comecei, das quais não entrei, das que deveria ter evitado, de todas que não causei.
E arrependo-me de tê-la deixado entrar.
Ps. Se arrependimento matasse eu ainda estaria vivo!
Fátima
Nome de santa, de cidade, de música, de mulher
E ai que mulher!
Tão suave que não temos coragem de tocar
Mas tão forte que achamos intocável
Fecha bem os olhos pra rir, mas os abre bem para observar à sua volta
Cor? Que cor?
Observemos ela como um todo, e não por partes.
E ai que todo! Que tudo! Que toda!
E que partes!
Sou homem, bicho que não presta, mas presta muito bem atenção às partes.
(Um riso sacana agora)
Seis letras, um alfabeto todo.
Ela por si só já é o suficiente.
O que é que tem nos seu olhos
Que eu não sei
Sei lá!
Talvez seja gueixa, nissei.
Não sei!
Voz rouca, bonita, ronrona
Não fala mais
Que meu ego e alma
Desmorona.
Alta, desformefata
Alcances o céu
Mas por favor
Não parta!
Vento egoísta, que a nuvem extrato destrata!
A pele não me repele
Me chama
Com a cor do Eldorado
Inflama! Chama!
As Três Marias
Ao cubo e de formas arredondadas
Tão bonitas quanto uma rosa
De plástico eterno
Num vaso de areia-vidro
Defecho e desfaço-me
Três ou uma?
Sei lá!
Algumas
Três! Serei agora exato
Como um cálculo perfeito
Com todos os catetos
Ou lados?
E ao meu lado
Um amigo que grita:
- O que me falta, para ter um dos lados?
quarta-feira, maio 04, 2011
Podia ter sido na Primavera, pois é a estação preferida dela, mas era Outono.
Tinha folhas avermelhadas e frutas, o que era bom.
Na hora passava um carro e nele tocava uma música.
Não a conhecia, mas era ruim.
Poderia ser uma música dos Hermanos.
Banda preferida dela, mas não era.
Num determinado momento começou um solo de sax, o que era bom.
Podia ser ruiva, minha espécie, tipo, raça, etnia... ah sei lá! Preferida
Mas não era, mas tinha olhos que me deixam bobo, e isso era bom.
Podia ter dito tudo o que penso, mas na hora fiquei sem fala.
Tremí como um adolescente, mãos suadas, gaguejava.
E não disse sequer uma das palavras que ensaiei com tanto afinco.
Mas algo mágico aconteceu.
O quê?
Ah!
Pergunta pra ela...
domingo, abril 24, 2011
22/04
mas hoje é diferente.
Vou falar sobre mim!
Eu sabia que tinha sido numa segunda.
Não tenho tanta sorte de ter sido num domingo de Sol,
foi numa segunda e chovia,
chovia muito e não se encontravam taxis.
Num hospital de indigentes:
-Como disse a minha mãe-
Prematuro e com problemas respiratórios.
Alguns disseram Milagre
Outros disseram Ciência
Pois bem!
25 anos depois, Com um pouco de milagre e e ciência eis-me aqui
chove e ainda tenho problemas respiratórios
Ironicamente digo:
Obrigado agora por ser um indigente premauro.
Recebi do meu irmão Maurício esse presente lindo...
Morada de nosso corpo, recanto da vida temporário.
A nós bastam-nos os anos e o peso do furor diário
Domar esse touro invisível, desde o primeiro abecedário.
Canta, bebe, grita, dança!
Com o encanto do menino pardal-canário
E antes que eu esqueça
Feliz aniversário!
quarta-feira, abril 20, 2011
Manual
Sabe quando voce se pega olhando para o nada,
imaginando que em algum lugar do mundo
alguém deve ser quem você necessita para a sua vida
e esse alguém partilha desse mesmo sentimento
quando olha para os pequenos detalhes.
As gotas d’água nos vidros dos ônibus
O vento levando uma bolsa plástica
Uma criança jogando bola sozinha num condomínio hermeticamente fechado
Preste atenção ao redor:
Pois por coincidência podes encontrar nesse mundo imenso essa pessoa.
E quando você tiver olhando para esses pequenos detalhes,
e ao seu lado alguém fizer o mesmo.
Esqueça tudo o que for burocrático, padrão...
Não pergunte o seu nome, idade, estado civil, orientação sexual.
Não importa se for feia, ou muita areia para o seu caminhãozinho.
Só pergunte o que ela estava pensando.
E se a resposta for a pergunta que você se faz a vida toda:
Encontrou aí amigo a pessoa que tanto procuravas
Não a deixe escapar
Faça agora os procedimentos necessários, o possível e o impossível
Pois essa pessoa amigo.
É o grande amor da sua vida!
quarta-feira, abril 13, 2011
Para você!! Pois sou óbvio.
segunda-feira, março 21, 2011
Tabu
Eu:
Eu sei o que eu quis dizer
Não você está errada, não estou falando só por que pareço bêbado
Quer dizer, talvez seja, mas já vinha há muito pensando em dizer isso
É verdade, estou realmente sentindo isso
Diga o que acha, mas não diga não
Se for dizer não é melhor que não me responda
Espera...
Uma não resposta, é pior que um não
Ou não?
Não sei. Só sei que isso aqui que me corrói, me dilacera, me toma as noites, que povoa os meus dias, que eu me desfaço, que eu me desfecho.
Não sei como dizer, então só agora, somente agora posso ter uma resposta.
Se for doer que doa.
O que você disse?
Espera, assim?
Dessa forma sem tanta poesia? Sem fogos de artifício? Frio na espinha e pé esquerdo levantado?
Ela:
Isso mesmo que eu quero... Esses nossos eternos agora criados dias burocráticos e noites de transgressões.
quarta-feira, março 16, 2011
Um anti-cotidiano
Lembro de ver nossos filhos no quintal,
Era quarta-feira e não tinhamos escovado os dentes ainda
Acabamos de acordar e fomos ver se já tinham nascido
Inda não, então ficamos eu e eles rindo no balanço na jaqueira
Você veio, e lembro de parecer com a minha mãe, que conseguia ser doce e nos dar uma bronca ao mesmo tempo
Entramos
Aperto o tubo de creme dental no meio
Ela, a mais novinha, me dá uma bronca
Uma linda bronca de uma linda menina
É assim pai...
Aprendo e repito o gesto na escova dele
Ele, muito parecido com você
Incrivelmente sisudo e doce, sorrí, e diz:
Pra cima e pra baixo, pros lados e não esqueça de escovar a língua
Esse era ele dando ensinamentos a uma pai não muito convencional
Esse era eu, barba por fazer, cabelo estranho meio começando a esbranquiçar
Cantava escovando os dentes uma música que não me lembro
Mas se chovia era Sing’in in the rain ou Please don’t care my sunshine away ou Chove chuva
Eles me imitavam, ríamos, gargarejávamos alto ao ritmo da música,
Você chegava, beijava-a, abraçava-o e apertava a sua mão (tratando-o como um homenzinho)
Fazia ondas em meu cabelos, me beijava e dizia que esses eram rituais que faziam a vida valer a pena...
Você lembra?
domingo, março 13, 2011
Joguei fora o crachá
Rí do chefe e dos colegas de trabalho
Eu nunca precisei deles
Nem de você, nem de mim, aliás
Sol em cima... chão embaixo... mundo óbvio
Mas eu só queria ver o mar
E nem sabia aonde estava indo
O quê de mim iria encontrar
Seguia o vento... andava à esmo
Ria da vida,
Enquanto todos engravatados,
Eu de short e chinelos
Achando que isso que era vida
E nem pensamentos prontos tinha ainda
O que mais poderia desejar?
Ah, ver o mar
Então... atravesso o asfalto... vejo ao longe o mar e sorrio... barulho de freio... gritos... vermelho... pancada... dor... frio... pessoas ao redor...
E eu só queria ver o mar
Então, agora, tudo já pode acabar
De pensar que hoje ao cedo eu era só um nome num crachá
Agora sou uma etiqueta no meu pé esquerdo
ps. Escrito a quatro mãos e dois Mouses... Eu e a Bruna