sexta-feira, janeiro 25, 2008

É sua

Nada no mundo merece uma lágrima sua
Nem a tristeza, nem a alegria
Pois são sentimentos (algo criado pelo homem)
Esses seres imbecis que insistem em entristecê-la
E
Se alguma vez a depressão bater à sua porta
Diga a ela que ela não é bem vinda
E mais.
Que é mais forte ainda que qualquer fraqueza humana
Pois tu és tudo o que a felicidade inveja
Tudo o que a tristeza não destrói
Mas se for chorar
Chora pouco e bem baixinho
Não prende a respiração
Viva
e deixe viver
Todos que à cercam
A amam
E lembra que você é tudo
O que a felicidade quer ser
Pois você é.

Submisso

Arranca do meu peito inerte
esse coração que já não bate
sim, talvez bata
Mas é só sangue
Não é poesia
Não é música
Não
É
Você
É vida vermelha
que se esvai
junto com os pulsos
E com o amor
que um dia tive
que não me esqueço
que não mais terei
Talvez terei
Mas quando?
Antes que se esvaia a vida?
Ou só o sangue?

No Banheiro

Estava lendo Drummond
Pensando nas falsas amizades
Então não são amizades
São pseudos...
Merda nenhuma
"Bom" para esses é
Sinônimo de otário
Pois sim sou otário
Com uma faca no olho
e outra no coração
Plantada pela mesma pessoa
que me fez ver que
eu o tinha
agora despeço-me
Agora desfecho-me
dizendo asneiras
e pedindo desculpas
principalmente ao Drummond
Ele é muito bom para ser lido
num lugar sujo
por uma pessoa suja
Mas onde as lágrimas
Não fazem diferenças...