terça-feira, setembro 04, 2007

Una salus victis, nullam sperare salutem

Narcisistas, nazistas ou bons socialistas
Uma vida a qual não quero ter
Porcos, que na busca por novos ideais seguem na pista
O novo, o velho, todos irão transparecer
Os que lhe drogam, não estão lá pra ver
Mesmo prevendo, nunca poderão chegar
Quando a sua ultima lágrima escorrer
Segurarei o seu cabelo, a ver você vomitar
Em quanto ela queima
Eu sou apenas um mísero careta
Olhos vermelhos, voz rouca, da certeza teima
Triste, a qual nenhuma alegria fomenta
Pois sua vida acabou enfim
Como brinquedos, gastos... velhos
Todos pintaram-na perfeita pra mim
Tenho motivos para não ir à cemitérios.

Papoula

Quão és bela flor
De belezas e aromas afã
Construída num momento de amor
Destruída pelo mal... Satã
Dissecada, cortada e com sutileza assassinada
Apesar de não haver nascida para isso
Vaporizada e por alguns inalada
A beleza destruída... Cristo
Mesmo lida apedrejada
Pelos vícios de alguns hereges
Repito mesmo linda apedrejada
Pelos quais tributos e obeliscos se erguem
Mas ensinaram-me: o bem sempre prevalece
As palavras bem e mal ínfimas irmãs
Mesmo o mal que teias cortantes tecem
A papoula resistirá... Linda... Afã.

Psique

Não! Vocês não precisam me aplaudir
Não tenho a intenção de fazer vocês gostarem de mim
E nem precisam
Se não é amado seja temido
Besteira
Não irei provocar nenhum sentimento
Apenas empatia, reciprocidade.
Posso começar a mentir
Mas obviamente saberiam que eram inverdades
Posso pedir apoio a Charles, Augusto ou Azevedo
Mas já os conhecem
E até me acusariam de plágio
Mas quem de vocês não é cópia
Aqui?
Só?
Sim só
Porque nós levamos toda a nossa vida
Procurando a "felicidade"
Que quando percebemos, ela já passou
Ou talvez ela não tenha chegado ainda
E até talvez não chegará
Sei lá
Não quero mesmo ser um bobo alegre que rir
Até do vento
Desconfie de tudo, de todos
Os que dizem lhe amar da boca pra fora
E até os que lhe amam
Quanto custa uma traição?
Um beijo, um olhar, um sentimento de pena
Qualquer coisa
Qualquer coisa!
Vá! Volte quando achar melhor
Ou mais cômodo
Menos doloroso
Menos bom
Bom?!!!
Deixa pra lá
Já vomitei palavra demais
Que para alguns de vocês
Entrará por um e sairá pelo outro
Mas se alguém se adaptar ao que
Disse
Esqueça
Não irá levar ninguém a nada
E se transformarão nisso
No nada que sou...
E
No nada que sempre serei...

Fama

Eu sou pop, dou ibope
Aprendi a mexer na televisão
Em conseqüência, a vender o coração
Compre dois, leve três, ou escolha-me de brinde
Jogue-me em qualquer lugar
Ou use-me para calçar a porta
Para quando o seu amor, gigolô sair por ela
Você lembrar que ele não é o príncipe sob a janela
Seja o index, seja o papa
Só não deixe de agradar a mídia
Sem o auge, seja bígama, anorexica, tente o suicídio
Só não seja taxada de arroz de festa.
Se não dar certo homicídio
, certamente voltarei às paradas
Não faça hemóstases, sangre até perceberem
Pornô ou porno-chanchadas
Apelações não adiantam mais
Seja feliz, dê ibope
Depois disso tudo descanse em paz.

Esses incríveis homens

Incríveis homens esses que se dizem racionais, e, que por ambição, cobiça ou inveja, matam como se isso fosse normal ou justificável.
Inteligentes o bastante para com a menor partícula existente fazer uma coisa tão grandiosa, mas com um propósito pequeno, tão pequeno que é intransportável o ódio que sinto por tamanha burrice.
Imbecis os que seguem ideologias como as de um nazista que por puro racismo, por se achar superior aos seus semelhantes dizimou milhões e quando se viu acuado acabou com mais uma vida.
Ouro negro é a moda. O que é isso? Restos mortais que viraram óleo! E por isso pessoas morrem, aliás, isso me lembra mais um ato gigantesco de ambição onde 120 mil inocentes ou mais morreram pela incansável busca pelo ouro negro.
Eu sou só mais um na multidão, um desconhecido para vocês que lerem isso, mas deixe pra lá, eu, você, nós! Somos humanos, seres "racionais", que sabemos o que fazemos.
Feci quod potui, faciant melioras potentes.

Essa ofereço aos que me odeiam...

Amo-te mais que a mim mesmo
Vivendo a esmo
Sendo assim
Eu o olho, eu o meço, eu me comparo.
E vejo que sou realmente inferior.
Pois eu não sinto ódio por você.
Sinto ódio é que minha pessoa
Desperte esse sentimento em alguém
Que ria que Zeus, Deus, Buda, Satã, alguém me castigasse
E mesmo assim seria pouco
Por que depois disso
Eu ainda diria:
- Eu os amo!
E depois disso seria superior
Porque um sorriso amarelo-ouro diria:
- Pode entrar!
Pois sou lindo, distante, repudioso
Fora por escolha
Não minha
E nunca deixará de ser uma escolha
De Deus, Zeus, Buda, Satã...